Organização: Timo Berger e Marcelo F. Lotufo
Traduções: Ana Schneider, Claudia Abeling, Henrique Silva Moraes, Luiz Abdala Jr., Mariana Holms, Matheus Guménin Barreto e Sofia Mariutti
"Uma oficina de tradução de três dias, intitulada “Tonprobe”, realizada em outubro de 2022, nas instalações do Goethe-Institut São Paulo, reuniu vários tradutores e tradutoras do alemão com ouvidos afiados. A partir de gravações de áudio, trabalhamos juntos na tradução de poemas de cinco poetas contemporâneos alemães: Elke Erb, Ulrike Draesner, Björn Kuhligk, Christian Filips e Marit Heuß. O método foi tão simples quanto complicado – entregar-se ao som duro da prosódia alemã e promover uma tradução fonética com o fino teclado dos sons brasileiros. Os resultados são dignos de serem ouvidos. Esse foi o primeiro passo do aquecimento, que eliminou a hesitação entre os participantes e preparou o terreno para o verdadeiro trabalho colaborativo em traduções que colocaram as relações tonais, os meios poéticos e os elementos sensoriais dos originais em novas composições afinadas. Os resultados podem ser lidos nesta antologia."
-- Timo Berger
SOBRE OS AUTORES:
Elke Erb (1938, Rheinbach) é uma grande dama da lírica alemã, que passou grande parte de sua vida na antiga Alemanha Oriental e trabalhou incansavelmente com modos de falar protocolares e modos de pensar marginais. Sua poesia atual é impregnada de humor e influências da poesia concreta e do Grupo de Viena, mas sempre atenta à geração mais jovem.
Ulrike Draesner (1962, Munique) é escritora, poeta e tradutora, além de professora de escrita criativa no Instituto de Literatura, em Leipzig. Publicou diversos livros de poemas, sendo Doggerland (2021) o mais recente, e está sempre experimentando com as formas literárias.
Björn Kuhligk (1975, antiga Berlim Ocidental) começou a escrever influenciado pela literatura pop, o punk, Jörg Fauser e Rolf-Dieter Brinkmann. Seus versos breves miram as situações cotidianas e o estresse da cidade grande, a falta de perspectiva dos marginalizados. Nos últimos anos, ele passou a se dedicar cada vez mais ao poema longo, como em Die Sprache von Gibratar [A língua de Gibraltar] (2016), sobre o regime de fronteiras europeias; e em An einem Morgen im März [Numa manhã de março] (2023), sobre a pandemia do coronavírus, seu mais recente livro de poemas.
Christian Filips (1981, Osthofen) é escritor, diretor e trabalha com dramaturgia musical; em 2017, criou em conjunto um coletivo de tradução chamado WIESE / مرج (Wie es ist). Publicou vários livros de poemas e, ainda por cima, morou por alguns anos com Elke Erb num esquema de república! Desde 2010, Filips edita, juntamente com Urs Engeler, os “roughbooks”, uma série de poesia contemporânea.
Marit Heuß (1984, Schlema), a mais jovem da antologia, escreve poesia e prosa. Seus trabalhos foram publicados em diversas revistas e antologias. Em 2016 foi finalista do “Open Mike des Haus für Poesie” e do “Literarischen März”. Em 2020, recebeu o prêmio de poesia Kammweg.
isbn: 9788593478253
Ano: 2023
Formato: 14x21
Número de páginas: 88
bilíngue
Edições Jabuticaba é uma pequena editora voltada para a boa literatura. Floresce interessada em divulgar novos autores e a traduzir poetas e prosadores clássicos e contemporâneos que gostaríamos de ver em circulação no Brasil.