Necrópole - Vladislav Khodassiévitch

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Necrópole

de Vladislav Khodassiévitch

tradução: Bruno Barretto Gomide

tradução dos poemas citados em Necrópole: Rafael Frate


Esta “cidade dos mortos” é certamente o trabalho mais conhecido e traduzido de Vladislav Khodassiévitch. Poucos textos terão exercitado de forma tão consumada a arte acridoce da rememoração de personalidades literárias. Tal gênero do “retrato” é essencial à tradição literária russa, tão central lá quanto pouco explorado entre nós, pela literatura brasileira. Cruel e terno, Khodassiévitch constrói um baú de ossos de talhe próprio, cheio de figuras vivas e do colorido tão peculiar a uma intelliguêntsia russa que agora estava “dormindo profundamente”, no verso de Bandeira tornado epígrafe por Pedro Nava. Um século antes do poeta exilado, o publicista Piotr Tchaadáiev não teve dúvidas em localizar a sua famosa “Carta filosófica” na cemiterial “necrópolis” que era a Moscou de Nicolau I – note-se aqui o uso do termo grego, “bizantino”, em contraste com a forma latina, sedutora imagem da cultura ocidental. Em 1936, não sabemos se a “necrópole” de Khodassiévitch é a atraente Paris, metamorfoseadora de poetas em motoristas de táxi, ou a Moscou stalinista.

 

Bruno Barretto Gomide

 

“Por via deste breve relato, menos que satisfazer a curiosidade do leitor de atualidades, desejo preservar alguns esboços autênticos para a história literária, que já vem tratando, e no futuro tratará com ênfase ainda maior, da época do simbolismo como um todo [...]. Esse desejo me obriga a ser rigorosamente fiel à verdade. Considero que tenho o dever (nada fácil) de excluir da narração os pensamentos hipócritas e os circunlóquios. Que não se espere de mim uma imagem icônica ou didática. Representações desse tipo são daninhas para a história. Estou convicto de que são também imorais, pois apenas uma imagem verdadeira e integral de uma pessoa notável é capaz de revelar o que há de melhor nela. A verdade nunca será baixa, porque nada existe acima da verdade. Ao “engano edificante” de Púchkin devemos contrapor a verdade edificante: cabe aprender a prezar e a amar a pessoa notável com todas as suas fraquezas, às vezes até mesmo em função dessas próprias fraquezas.”

Vladislav Khodassiévitch
 


AUTOR

Vladislav Felitsiánovitch Khodassiévitch (1886 – 1939) foi poeta, crítico literário, ensaísta e memorialista. Desde jovem vinculou-se aos círculos simbolistas e, após abandonar sua trajetória universitária em Moscou, publicou duas coletâneas de poemas: Juventude, em 1908, e A casinha feliz, em 1914. Durante a Guerra Civil Russa, publicou suas duas mais importantes coletâneas de versos, que o consolidaram como um dos principais poetas russófonos: Pelo caminho do grão, em 1920, e Lira pesada, em 1922. Em 1922, ele e a esposa Nina Berbiérova (1901-1993) extraditaram-se, iniciando um longo percurso que foi de Berlim a Paris. No exílio, sua produção poética foi errática, mas importante (em especial a coletânea de poemas Noite europeia, de 1927); mas é com sua atuação como crítico, ensaísta e memorialista que Khodassiévitch tornou-se proeminente nos círculos da emigração, cujos fragmentos memorialísticos reunidos em Necrópole (1939) são a máxima expressão, tornando-se seu trabalho mais conhecido e traduzido.

 

TRADUTORES

Bruno Barretto Gomide é professor Livre-Docente de Literatura e Cultura Russa na USP e pesquisador do CNPq. Doutor pela Unicamp, com estágio CAPES em Berkeley. Pós-doutorado na EHESS. Professor e pesquisador visitante no IMLI (Moscou), Púchkinski dom (S. Petersburgo), Harvard, Instituto Ibero-americano (Berlim) e nas Universidades de Glasgow e Londres. Autor de, entre outros, Da estepe à caatinga: o romance russo no Brasil (Edusp, 2012; prêmio Jabuti), Dostoiévski na Rua do Ouvidor: a literatura russa e o Estado Novo (Edusp, 2018; prêmio Biblioteca Nacional) e Antologia do pensamento crítico russo (org., ed. 34, 2013). Tradutor de textos de Benedikt Lívchits (ed. Carambaia), Viktor Pelévin (ed. Cia das Letras), David Vygódski (ed. Mercado de Letras) e Mikhail Ossorguin (ed. Ateliê - no prelo). Atualmente coordena o projeto “Exílio e tradução de textos russos” (FAPESP) e prepara uma biografia intelectual de Boris Schnaiderman.


Rafael Frate é doutor em Letras Clássicas e mestre em Literatura e Cultura Russa pela Universidade de São Paulo. Atua sobretudo como professor e tradutor.

 

ISBN: 9788593478215

Ano: 2023

Formato: 14x21

Número de páginas: 272

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